mais uma da série "Belas histórias da Bíblia"
Gente, alguém me segura porque eu super quero postar o livro inteiro aqui. Não esperem coisas diferentes pelos próximos dias. Viva Bart D. Ehrman.
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"Havia um homem da tribo de Levi que vivia em Efraim. Ele tinha uma concubina — uma espécie de “esposa” de nível legal inferior. Um dia ela fica com raiva, aparentemente pelo modo como era tratada, e retorna à sua casa em Belém. Após quatro meses o homem vai buscá-la, e fica alguns dias na casa do pai dela antes de voltar para a sua com a mulher. No caminho de volta, eles precisam de um lugar para passar a noite, e decidem tentar a cidade de Gabaá. Lá eles são recebidos por um estranho, um velho que os tinha visto e oferecido hospitalidade.
Então começa o horror. Depois de escurecer, “surgiram alguns vagabundos da cidade, fazendo tumulto ao redor da casa e batendo na porta com golpes seguidos” (Jz 19:22). Eles exigem que o velho mande seu visitante para fora, de modo que possam violentá-lo. Isso seria não apenas um crime sexual, mas também social: pelos antigos códigos de hospitalidade, ao colocar o levita sob seu teto o velho era responsável por ele e não podia permitir que sofresse. Quanto à concubina e à filha virgem do velho, a história era outra. Elas, afinal, eram apenas mulheres. O velho grita para os moradores da cidade através da porta: “Não, irmãos meus, rogo-vos, não pratiqueis um crime. Uma vez que este homem entrou em minha casa, não pratiqueis uma infâmia. Aqui está minha filha, que é virgem. Abusai dela e fazei o que vos aprouver, mas não pratiqueis para com este homem uma tal infâmia” (Jz 19:23-24). Os homens do lado de fora, porém, queriam o visitante. Para salvar a própria pele, o levita agarra sua concubina e a coloca porta afora. Então acontece o indizível. Os homens da cidade “conheceram e abusaram dela toda a noite até de manhã, e, ao raiar a aurora, deixaram-na”. Pela manhã, ela se arrasta até a porta e ali, evidentemente, morre (ou pelo menos perde a consciência).
O levita se levanta da cama — não é dito, mas ele evidentemente teve uma bela noite de sono — e se prepara para seguir caminho. Ele sai, vê sua concubina ali e diz a ela: “Levante-se, estamos partindo”. Quando vê que está morta, a coloca em seu jumento e retorna para casa. Então acontece o momento realmente bizarro da narrativa. O levita pega uma faca, corta a concubina em doze pedaços e manda os pedaços por mensageiro aos líderes de cada uma das doze tribos de Israel, de modo a mostrar o que tinha acontecido. (Jz 20-21).
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"Havia um homem da tribo de Levi que vivia em Efraim. Ele tinha uma concubina — uma espécie de “esposa” de nível legal inferior. Um dia ela fica com raiva, aparentemente pelo modo como era tratada, e retorna à sua casa em Belém. Após quatro meses o homem vai buscá-la, e fica alguns dias na casa do pai dela antes de voltar para a sua com a mulher. No caminho de volta, eles precisam de um lugar para passar a noite, e decidem tentar a cidade de Gabaá. Lá eles são recebidos por um estranho, um velho que os tinha visto e oferecido hospitalidade.
Então começa o horror. Depois de escurecer, “surgiram alguns vagabundos da cidade, fazendo tumulto ao redor da casa e batendo na porta com golpes seguidos” (Jz 19:22). Eles exigem que o velho mande seu visitante para fora, de modo que possam violentá-lo. Isso seria não apenas um crime sexual, mas também social: pelos antigos códigos de hospitalidade, ao colocar o levita sob seu teto o velho era responsável por ele e não podia permitir que sofresse. Quanto à concubina e à filha virgem do velho, a história era outra. Elas, afinal, eram apenas mulheres. O velho grita para os moradores da cidade através da porta: “Não, irmãos meus, rogo-vos, não pratiqueis um crime. Uma vez que este homem entrou em minha casa, não pratiqueis uma infâmia. Aqui está minha filha, que é virgem. Abusai dela e fazei o que vos aprouver, mas não pratiqueis para com este homem uma tal infâmia” (Jz 19:23-24). Os homens do lado de fora, porém, queriam o visitante. Para salvar a própria pele, o levita agarra sua concubina e a coloca porta afora. Então acontece o indizível. Os homens da cidade “conheceram e abusaram dela toda a noite até de manhã, e, ao raiar a aurora, deixaram-na”. Pela manhã, ela se arrasta até a porta e ali, evidentemente, morre (ou pelo menos perde a consciência).
O levita se levanta da cama — não é dito, mas ele evidentemente teve uma bela noite de sono — e se prepara para seguir caminho. Ele sai, vê sua concubina ali e diz a ela: “Levante-se, estamos partindo”. Quando vê que está morta, a coloca em seu jumento e retorna para casa. Então acontece o momento realmente bizarro da narrativa. O levita pega uma faca, corta a concubina em doze pedaços e manda os pedaços por mensageiro aos líderes de cada uma das doze tribos de Israel, de modo a mostrar o que tinha acontecido. (Jz 20-21).
1 Comments:
Ah, e Deus ainda nem começou a mandar trucidar as mulheres e crianças na I Primeira Guerra de Ocupação da Palestina, 1.500 a.C.
Puxa, eu lá com aqueles papos de viado do Cristo do NT, e aqui vc me faz lembrar que o Deus malvadão do AT é bem mais estáile. Yeah.
By Edson, at quinta-feira, junho 26, 2008
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