The moon was singing the bluesThe stars in the sky harmonized... singing it too.And I, far below, was singing low and slowfor you.and I knowall the world was singing the bluesThe Queen was singing the bluesThe President played the saxophoneThe dead in their gravesand the gods in their caves,they'd been waiting so longto sing the blue songabout you.
(sem título)
Eram dois rapazes, um sentado ao lado do outro, num dos últimos bancos do ônibus velho e sujo. Pareciam da mesma idade. E, pelas feições do rosto, pelo porte e por outras características menos evidentes, deviam ser irmãos. Estavam já lá dentro quando o veículo atravessou a estrada principal e fez uma breve parada em um vilarejo poeirento e abandonado, mas que continha, ao menos, duas lanchonetes, sanitários e telefones públicos (dos quais, apenas um funcionava). O que parecia ser o mais velho dormia, largado no banco que dava para o corredor, o braço esquerdo largado e a boca semi-aberta. O outro estava à janela, de cabeça baixa. Não lia ou ouvia nada, mas parecia concentrado. Os olhos fixos em algum ponto entre os próprios sapatos e o estofado do banco da frente. Mexia nos dedos e às vezes mordia a boca, com ligeiros espasmos no rosto de tempos em tempos. O motorista vinha dirigindo-se de volta ao ônibus quando o irmão mais novo desceu por alguns minutos e, encostado na lateral do veículo, olhou por alguns instantes a estrada esburacada. Coçou a cabeça, ajeitou a camisa. E, quando voltou ao seu lugar, exibia uma ruga mais profunda na testa, entre as sobrancelhas, ali perto de uma cicatriz discreta, sobre os olhos pequenos e fechados, enquanto, ao longo do percurso, sua expressão era refletida borrada na janela do ônibus que cruzava veloz a estrada.
as when I willed our love to die