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29.2.08

too drunk to dream!

Daí que os Magnetic Fields estão prestes a lançar disco novo, mas a mp3 já está obviamente rolando por aí.

Daí que eu to de saco cheio de fazer esse trabalho e fico me distraindo com qualquer coisa.

Daí que esse é o meu terceiro post seguido.

É o último de hoje, juro.

Sober, life is a prison
Shitfaced, it is a blessing
Sober, nobody wants you
Shitfaced, they're all undressed
Sober, it's ever darker
Shitfaced, the moon is nearer
Sober, you're old and ugly
Shitfaced, who needs a mirror?
Sober, you're a crogmagnun
Shitfaced, you're very clever
Sober, you never should be
Shitfaced, now and forever!

lésti bobo

família toda boba

Mamãe ligou hoje pro meu celular:

Alô?
Alô.
Sheila?
Eu.
He! Oi! Mamãe!
Eu sei que é você, mamy!
He. Tá em casa?
Aham.
Vou ligar praí.
Ah não, fala logo, eu tirei o fio do telefone.
Ah... (falando pra papi:) tirou o fio do telefone, tu vê? Hmpf. Sheila, teu pai pediu pra te lembrar de dar aquelas contas pro Célio pagar.
Eu sei, mãe, vou dar hoje.
Não esquece hein.
Não vou esquecer.
Tá. É... a gente volta hoje.
Tá bom.
(Pergunta se ela quer que leva jaca...)
Hein?
(Ela não gosta de jaca!)
Mãe?
(pergunta!)
Mãe?
Teu pai aqui perguntando se você não quer jaca.
Eu ODEIO jaca.
Ela não gosta de jaca, rapaz! Já disse. Tá bom. Tudo bem aí?
Aham.
Beijo.
Beijo.
Tchau.
(pergunta se ela quer que leve o quê)
(ah amor, já desligou)
...

*

E na segunda, eu chegando em casa, meu pai me pergunta:
-Sheila, que dia é hoje?
-25.
-25?
-É.
-Não é 26 não? Tem certeza?
-Não pai. 25.
-Alda!
-Quê?
-Sheila disse que hoje é 25, tu concorda com isso?
-Hein??!

28.2.08

Obsessão

Como evitar? Ela é linda.

Sheila babona.

27.2.08

Esse livro é muito divertido mesmo

com vocês...

a CORÉIA DO NORTE!!!

Melhor época para visitar:
Mês de maio, ou em qualquer período sem fome no país.

Ouça:
O som dos sincronizados pés em marcha do quinto maior exército do mundo.

Marcas registradas:
O Grande Líder (o falecido Kim Il Sung) e seu filho, o Querido Líder (Kim Il Jung, também conhecido como o Grande Líder. Confuso? Nós também.); Guerra Fria estilo século XXI: seqüestros, testes nucleares, reaproximação diplomática, tensão nas fronteiras...

Surpresas:
Tem um (só um) ciber-café; o atual Grande Líder só pronunciou seis palavras em público até hoje ("glória aos militares heróicos do povo") e, dizem, possui 20 mil filmes em casa.

Depoimento:
"Sou fascinado por cidades e países que parecem viver numa realidade paralela. A Coréia do Norte é um ótimo exemplo disso, e quando George W. Bush (ele também pertencente a um estranho universo) resolveu incluir o país no seu Eixo do Mal, não pude resistir a ir até lá."

26.2.08

50 mg ou mais, please

Eu poderia não escrever nada, nem ficar aqui ouvindo essa música triste sem parar. Estado emocional dando voltas, subindo e descendo, variando loucamente ao longo do dia; isso significa insegurança, incerteza, in, in, in. Existe um mundo lá fora cheio de gente que eu morro de medo. No Edifício Master, aquele documentário chato, uma entrevistada meio maluquinha das idéias conta sobre as neuroses psiquiátricas dela: eu não olho no olho das pessoas; eu tenho medo das pessoas; temo da mesma forma que temem as pessoas que devem alguma coisa; eu estou sempre de cabeça baixa; algumas pessoas até devem e não temem, isso acontece; eu não devo, mas eu temo. E ela diz isso não fazendo um trocadilho, mas de uma forma muito séria e muito verdadeira. Amanhã vai estar tudo melhor, ou talvez não. Isso ainda é a normalidade, e estar triste assim é uma alegria particularmente minha.

*

Tudo bem, eu sei que isso é um hospital semipúblico, lotado de paciente, sem verba nenhuma, mas por que esse psiquiatra tão legal me pergunta como é o meu TOC toda santa vez que eu venho aqui? E por que toda vez que eu explico minha intrincada e nonsense combinação de sílabas em duplas ele faz cara de impressionado? Mas o principal é: por que ele escreve tudo de novo no prontuário?

*

Dr. Nocera fala sobre como devo tentar evitar as coisas que me lembram os sintomas. E fala que eu devia conhecer a Dra. Jurislene, Erisleide, algo assim, que ela faz terapia cognitivo-comportamental e que ela é muito boa. Ele sai da sala e vai lá ver se ela está trabalhando hoje. Sheila fica sozinha na sala decadente de ar-condicionado pintada de um branco já amarelado. O armário com as muitas amostras grátis de remédios psiquiátricos tem um cadeado na porta, mas está aberto, e muito convidativo. Ela olha, olha, olha, e pensa: por que não?

24.2.08

rapidinhas

Do Travel Book, que estou revisando:

Haiti em uma palavra - "Pas plus mal" (não pior que antes), resposta costumeira ao tradicional "Como vai?".

Ficaí a dica.

dreamlover!

Naqueles idos tempos pré-internet, em que se vivia - estranhamente - sem google, sem orkut, sem last.fm... enfim, uma pré-história sofrida e labutosa, eu tinha um rádio. Ou melhor, minha mãe tinha um rádio. Ok, eu continuo tendo um rádio, mas hoje ele fica largado em algum canto da casa, prestes a desaparecer junto com as roupas em um limbo de outra dimensão. Mas não naquela época; naquela época, aquele radinho branco e pequenininho que nem CD tocava tinha um valor mágico, especial, quase transcendental, porque, afinal, desde aquela época eu já era junkie de musiquinhas. Bom, mas então, aquele radinho branco (era tão fofo) tinha uma função muito especial: ele gravava voz. Caracas, eu miacabava nisso. Porque, veja bem, sem soulseek nem napster nem afins (ah, bons tempos em que eu descobri o napster! que felicidade!), minha possibilidade de conhecer e gravar músicas restringia-se a comprar CDs (muito caro), alugar CDs (só fui conhecer uma lojinha assim muito tempo depois), pegar CDs emprestados (mas meu círculo anti-social da época era muito limitado) ou, finalmente, depender das rádios. E aí vai: Antena 1 Light FM do Rio e coisas parecidas. Mas o que eu quero contar é que às vezes eu ouvia umas músicas e, pra não esquecer delas jamais, eu gravava nas minhas fitas K7 eu cantando "nananananana" na melodia da música, porque eu morria de desespero de nunca mais ouvir aquilo de novo. Pois é, patético. Volta e meia a seleção musical se interrompia e vinha uma cantoria ridícula de sheila fazendo "tralala" de alguma melodia qualquer.

Aí tu vê. Depois de 1997, quando tive meu primeiro computador, isso teve um fim definitivo. Todos aqueles trechos obscuros puderam ser resgatados de alguma forma pela internet.

Mas isso tudo era só pra contar que, sendo a internet muito fabulosa mesmo, hoje se deu a derrota final daqueles remanescentes de buscas tristes e solitárias por uma música perdida no tempo e no espaço (opa, agora lembro de umas outras que ainda faltam, mas enfim, essa foi uma das mais importantes). Top Gang - Ases muito loucos, um filme sátira com o Charlie Sheen. Uma musiquinha anos 60 que tocava no final. E que por mais googleiada que eu fizesse, não achava o nome. Foi então que hoje, vendo isso, resolvi procurar vídeos do Top Gang, e, depois de assistir a uns 5, achei um em que tocava a bendita música. Daí pro google (lyrics "every night I hope and pray" etc) e pro soulseek e pra minha tão esperada MP3 foi um pulo.

E aí a história é essa. Muita emoção. Mas já ouvi bastante e acho que já enjoei da música, na verdade ela parecia infinitamente mais legal na minha lembrança, mas ainda assim ela é muito legalzinha. Enfim. Fica aí, de novo, salvo na internet o arquivo. E o vídeo, porque eu continuo amando imensamente esse filme imensamente bobo. He.

21.2.08

god shuffled his feet

After seven days, he was quite tired, so God said:
"Let there be a day just for picnics, with wine and bread."

He gathered up some people he had made, created blankets and laid back in the shade.
The people sipped their wine and, with God there, they asked him questions, like:
Do you have to eat?
or get your hair cut in heaven?

God shuffled his feet and glanced around at them; the people cleared their throats and stared right back at him.

So he said: "Once there was a boy who woke up with blue hair. To him it was a joy, until he ran out into the warm air. He thought of how his friends would come to see; and would they laugh, or had he got some strange disease?"

The people sat waiting, but God said nothing. So someone asked him: "I beg your pardon: I'm not quite clear about what you just spoke. Was that a parable, or a very subtle joke?"

God shuffled his feet and glanced around at them;The people cleared their throats and stared right back at him.

***

Juro que quando ouço e leio algo assim, bate uma felicidade e uma comoção tão grande, que começo a duvidar de muitas coisas. Gostei da historinha, mas também não entendi a parábola/piada. Deus, respondeaê? Fica aqui o arquivo pra quem quiser ouvir. A voz é facilmente reconhecida, é de uma one-hit-band totalmente esquecida. Esses dias, andando cedo na rua, tinha uma mulher, e ela já era meio velha, com uma blusa bonita, preta, escrito em letras não muito grandes: Crash Test Dummies. Achei curioso.

19.2.08

back

Dia 1 do novo estágio: barulhos estranhos no teto, parecendo trovoadas. Só que o dia in-tei-ro. Sheila pergunta para a moça do lado: "Isso é chuva?" Não, são carrinhos de transporte passando lá em cima.
Ah.
"Quando chove você só vê quando sai lá fora."
Hm.

Dia 2 do novo estágio: Sheila saindo e se deparando com um vendadal. Sheila está de blusa de alcinha e sandalinha baixa. E sem guarda-chuva. Pelo menos ela tem seu mp3, e sua musiquinha irlandesa triste e dramática em eterno repeat. Engarrafamento na Av. Brasil, Sheila atravessando a passarela e vendo seu ônibus parado no trânsito. Ela desce a passarela toda, interminável, e sai andando atrás do ônibus. Vendo que ele se afasta à mesma velocidade, ela sai correndo na chuva, ainda com sua musiquinha tocando.

Dia 3 do novo estágio: tédio, sono, depressão, início de uma socialização, calor.