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Estou gorda. Dia enrolando o trabalho, gripada, manuella, faltei francês. Terapeuta pediu fotos antigas minhas. Disse que eu falo muito em aparência, beleza, digo que eu era muito feia o tempo todo. Perguntou: "Você tem amigas feias?" (insira aqui sua piadinha). Concluí: que vejo feiúra como fraqueza (oh!) e que eu não era propriamente feia antes (nem agora, viu?), o problema era interno. Uau, novidades. Ineditismo é o forte da terapia. Estou zombando mas estou pensando na coisa como se fosse de fato novo, então deve ter algo novo aí que ainda não defini o quê. Porque não parece ser uma coisa muito boa: se o problema era interno, a culpa foi toda minha, a responsabilidade aumenta, e a dúvida fica: continuo feia? (insira aqui sua resposta malcriada.) Enfim. Terapeutas pollyanas demais, às vezes enche o saco. Aproveitei a procrastinação trabalhativa para desenhar. Algumas coisinhas. Coisas bobas, mas pelo menos estou fazendo, em vez de prometer a mim mesma que "a qualquer momento" vou voltar a desenhar e treinar e tals. Então uma imagenzinha mais feliz que a anterior:
1 Comments:
Esse era o dilema que eu enfrentava* como melhor-amigo-analista-informal de uma depressiva crônica**: como dizer que uma percepção errada é apenas um problema interno se dizer isso vai fazer a pessoa se sentir ainda mais culpada, por sua própria mente ter sido a fonte de todos os seus problemas?
*só não coloco o verbo no presente pq, aparentemente, ela não é mais tão depressiva. assim espero e torço. continua sendo minha melhor amiga. (luciana, o nome dela, se vc já está curiosa)
By Anônimo, at sábado, abril 25, 2009
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