A menina da saia amarela
A menina da saia amarela surge espontaneamente, uma visão repentina em meio ao aglomerado da saída do metrô.
Ela se destaca discretamente entre outras meninas de outras saias, entre os meninos, os homens, as mulheres, os velhos e as velhas, as crianças e as paredes.
A menina da saia amarela caminha indiferente. Não olha a sua volta. Sabe aonde vai, esquece o caminho que percorre.
A menina da saia amarela está nos corredores do subsolo, e em breve alcançará a rua.
Ela é observada.
Mas se observa, não demonstra.
Ela apenas transmite, não lembranças ou evocações de outras meninas, ela transmite em si uma beleza cotidiana.
Ela conta calorias? Frustra-se com um rasgo na blusa? Deseja ser uma grande advogada?
Não importa. Ela se limita à sua imagem, e transpira a banalidade que não deve ser desprezada.
A menina da saia amarela vestiu amarelo apenas porque quis. Porque estava disponível em seu armário. Ela talvez nem goste tanto assim da cor.
A menina da saia amarela caminha, e não muito, pois o corredor não é muito longo.
Ela se torna cada vez menor e menos nítida em meio aos outros.
A menina da saia amarela toma a escada rolante, abandona as paredes do subsolo.
Retorna à dimensão dos invisíveis na cidade.
Ela se destaca discretamente entre outras meninas de outras saias, entre os meninos, os homens, as mulheres, os velhos e as velhas, as crianças e as paredes.
A menina da saia amarela caminha indiferente. Não olha a sua volta. Sabe aonde vai, esquece o caminho que percorre.
A menina da saia amarela está nos corredores do subsolo, e em breve alcançará a rua.
Ela é observada.
Mas se observa, não demonstra.
Ela apenas transmite, não lembranças ou evocações de outras meninas, ela transmite em si uma beleza cotidiana.
Ela conta calorias? Frustra-se com um rasgo na blusa? Deseja ser uma grande advogada?
Não importa. Ela se limita à sua imagem, e transpira a banalidade que não deve ser desprezada.
A menina da saia amarela vestiu amarelo apenas porque quis. Porque estava disponível em seu armário. Ela talvez nem goste tanto assim da cor.
A menina da saia amarela caminha, e não muito, pois o corredor não é muito longo.
Ela se torna cada vez menor e menos nítida em meio aos outros.
A menina da saia amarela toma a escada rolante, abandona as paredes do subsolo.
Retorna à dimensão dos invisíveis na cidade.
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