“O mundo mais livre que existe está dentro da sua cabeça.
Voe, invente, dance – Não há calibre que mate uma idéia”
Será que alguém lembra disso? É uma propaganda velha dos cigarros FREE. Adorava os anúncios do FREE. Desse eu me lembro bem, minha irmã achava uma super e profunda poesia e ficava repetindo a todo momento. Não há calibre que mate uma idéia... não há calibre que mate uma idéia...blablablá. Essa frase soava tão bem, mas só depois fui descobrir o que significava “calibre”; aí a frase, além de soar bem, passou a fazer sentido.
Depois da maré deprê, estava me sentindo fantástica esses dias (poxa, como as pessoas são importantes na minha vida, não? esqueço delas em 3 dias!). Assim como antes da fluoxetina minha tristeza era pura invenção da minha cabeça, agora, magicamente (e não artificialmente, como muito demonstram, preconceituosamente) acho tudo uma beleza. Mesmo antes, só que com menos freqüência, claro. Teve uma época em que eu acordava e fazia café só pra sentir o cheiro bom, só porque achava gostoso fazer café. Não bebia. Deixava lá, pra quando meus pais acordarem. Não bebo café. (só coca zero sem gás e chá preto com leite e casca de laranja – quabs! piada interna.)
Mas então, o que seria melhor: ter uma vida de merda e ser feliz ou ter uma vida estupenda e ser infeliz, though? Obviamente a primeira opção. Por isso que ser idiota é tão bom, porque você, não sabendo que é idiota, acha a vida uma coisa linda e não padece dos sofrimentos do pensamento e da inteligência. Como li em Pessoa: Meus adoráveis vegetais! Muita, muita inveja dos vegetais, que sobrevivem aleatoriamente na vida e, mesmo idiotas, são mais felizes que eu.
Mas então... estou eu, nos momentos de mais pura felicidade, escrevendo, desenhando, tendo uma idéia genial, ouvindo uma música fabulosa, lendo um livro bacanoso, coisas assim... tudo vago, tudo abstrato; não é um casamento, um filho, um aumento de salário. Tudo na minha cabeça. E é nisso que vai consistir a maior parte da minha felicidade de toda a minha vida: das minhas impressões das coisas, e de tudo o mais. Não estou me lamentando não, por incrível que pareça; é um pensamento aleatório, algo como aquele raciocínio de que o ser humano não passa de um aglomerado de molécculas de carbono...
1 Comments:
Sim, e quando eu chamo pessoas de 'chuchu', o que quero dizer é "apesar dos sofrimentos do pensamento e da inteligência, te desejo uma vida feliz como a dos vegetais".
Mas eu super entendo a coisa das impressões. São como as nossas batatas: não parecem nada demais para quem olha de fora, já que não têm nada de produtivo. Mas é tão bom... e a gente sempre quer mais e mais! E isso se encaixa para todo tipo de batata! Hê!
Ah, e a coisa do café... que fofo! HÊ! Vc podia morar lá em casa, pq é uma batalha pra ver quem faz o café... hehe
By Érica L., at quarta-feira, junho 13, 2007
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