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Ô Rafael, atende, seu merda, você sabe que eu odeio falar com secretária eletrônica.
O garoto olhava, intrigado. A cabeça torta, fitando a maquininha velha e preta. Puta merda, pensou, o único recado é engano. E ainda tenho que ouvir essa voz esganiçada me chamando de seu merda.
A vida era realmente muito injusta, pensou ele, parado olhando a maquininha, ainda com a chave na mão. Tomou uma decisão: jogar aquilo fora. Não servia pra nada mesmo. Tinha aquela porcaria inútil há meses e o único recado que alguém tinha deixado nesse tempo todo era pra outra pessoa.
Bocejou uma, duas vezes e puxou o fio com raiva. O telefone caiu junto. Ah puta que pariu. (Pensou ele.) Carregou a secretária com ar solene até o quintal, deixando a maquininha cair na lixeira. Depois olhou, e viu que a lixeira estava sem saco plástico. Foi à cozinha, pegou um saco, voltou ao quintal. Debruçou-se na enorme lata de lixo e pegou a maquininha de lá. Tacou no chão, junto com a chave, que não sabia por que mas continuava com ele. Colocou o saco, e tacou a maquininha dentro, satisfeito.
Entrou de volta em casa resoluto, pensando: minha vida vai mudar. E enquanto caminhava na direção do banheiro, viu pela janela a vizinha pendurando roupas no varal.
Só podia ser um sinal.
O garoto olhava, intrigado. A cabeça torta, fitando a maquininha velha e preta. Puta merda, pensou, o único recado é engano. E ainda tenho que ouvir essa voz esganiçada me chamando de seu merda.
A vida era realmente muito injusta, pensou ele, parado olhando a maquininha, ainda com a chave na mão. Tomou uma decisão: jogar aquilo fora. Não servia pra nada mesmo. Tinha aquela porcaria inútil há meses e o único recado que alguém tinha deixado nesse tempo todo era pra outra pessoa.
Bocejou uma, duas vezes e puxou o fio com raiva. O telefone caiu junto. Ah puta que pariu. (Pensou ele.) Carregou a secretária com ar solene até o quintal, deixando a maquininha cair na lixeira. Depois olhou, e viu que a lixeira estava sem saco plástico. Foi à cozinha, pegou um saco, voltou ao quintal. Debruçou-se na enorme lata de lixo e pegou a maquininha de lá. Tacou no chão, junto com a chave, que não sabia por que mas continuava com ele. Colocou o saco, e tacou a maquininha dentro, satisfeito.
Entrou de volta em casa resoluto, pensando: minha vida vai mudar. E enquanto caminhava na direção do banheiro, viu pela janela a vizinha pendurando roupas no varal.
Só podia ser um sinal.
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