Now I got a job, but it don't pay; I need new clothes, I need somewhere to stay. (...) I don't need fancy things, I don't watch much TV. I'm quite happy burning flies. (...) Blue you.
Aí um dia eu fui com o... de carona pra Barra, e isso já faz um bom tempo. Estávamos em Ipanema, e fomos andando até a casa dele no Leblon, passando em farmácias pra usar a balança (...), em locadoras pra ver DVDs em promoção, falanado de Casa da Matriz. E ele era daquela banda de pessoas que eu conhecia de vista e de nome e que eram tão distantes de mim. E compramo0s CDs, e ele morava sozinho, e fomos de carro até a Barra, e era a Barra, era um lugar esquisito e diferente, eu nunca tinha estado lá. Trabalhei o dia inteiro esse dia. Mas me senti viva, e produtiva. Mas no final veio aquela sensação... de uma vida que eu queria ter mas que... será que queria mesmo?... Porque ele era tão insuportavelmente pedante e, sabe, no dia-a-dia, não teria aquela graça toda. As coisas são sempre melhores ou antes ou depois, e nunca têm a mesma beleza na hora, já acostumei a não viver vivendo de verdade. Existo pra mim mesma em fotografias, frases, músicas, imagens, objetos, desenhos, papéis. Isso pra mim é existir. Acho que li Bukowski demais hoje. Nada na hora é tão bom, e acabo fazendo a maior parte de tudo porque acho que devo fazer, porque vou me orgulhar de ter feito, porque vou gostar de quando estiver feito, mas não vou gostar de fazer. Gosto de ir à praia, gosto mesmo. Mas gosto mais do fato abstrato de ir à praia, do que isso me causa de sensação depois de ter ido e voltado. É estranho viver e não viver. Não sei exatamente como seria de outra forma. Blue you, por exemplo. Pensar nessa frase me faz bem. Poderia tentar explicar, mas não quero endoscopia mental hoje, então fica no vago mesmo: gosto,e não sei por quê, e a frase em si nem é nada. Coerência, coerência... I need something to breathe.
Aí um dia eu fui com o... de carona pra Barra, e isso já faz um bom tempo. Estávamos em Ipanema, e fomos andando até a casa dele no Leblon, passando em farmácias pra usar a balança (...), em locadoras pra ver DVDs em promoção, falanado de Casa da Matriz. E ele era daquela banda de pessoas que eu conhecia de vista e de nome e que eram tão distantes de mim. E compramo0s CDs, e ele morava sozinho, e fomos de carro até a Barra, e era a Barra, era um lugar esquisito e diferente, eu nunca tinha estado lá. Trabalhei o dia inteiro esse dia. Mas me senti viva, e produtiva. Mas no final veio aquela sensação... de uma vida que eu queria ter mas que... será que queria mesmo?... Porque ele era tão insuportavelmente pedante e, sabe, no dia-a-dia, não teria aquela graça toda. As coisas são sempre melhores ou antes ou depois, e nunca têm a mesma beleza na hora, já acostumei a não viver vivendo de verdade. Existo pra mim mesma em fotografias, frases, músicas, imagens, objetos, desenhos, papéis. Isso pra mim é existir. Acho que li Bukowski demais hoje. Nada na hora é tão bom, e acabo fazendo a maior parte de tudo porque acho que devo fazer, porque vou me orgulhar de ter feito, porque vou gostar de quando estiver feito, mas não vou gostar de fazer. Gosto de ir à praia, gosto mesmo. Mas gosto mais do fato abstrato de ir à praia, do que isso me causa de sensação depois de ter ido e voltado. É estranho viver e não viver. Não sei exatamente como seria de outra forma. Blue you, por exemplo. Pensar nessa frase me faz bem. Poderia tentar explicar, mas não quero endoscopia mental hoje, então fica no vago mesmo: gosto,e não sei por quê, e a frase em si nem é nada. Coerência, coerência... I need something to breathe.
3 Comments:
Endoscopia mental. Gostei.
By Clara, at sábado, outubro 13, 2007
eu queria tanto que o que você disse não fizesse sentido para mim, mas faz. cada vez mais. damn.
By Érica L., at domingo, outubro 21, 2007
Tenho a impressão que eu vivo quase rotineiramente em endoscopia mental. :P
Já me conformei com o fato de que o Edson que vive em textos, frases e músicas tem várias qualidades e muito menos limitações do que o Edson-autor-dessa-criação. "My body is a cage", essas coisas. Mas se o prazer imediato é puramente sensorial, felicidade mesmo é conjugar esses prazeres com a sensação de harmonia das lembranças em que construímos a vida, acho.
Lembra quando imaginei um casal de velhinho praticamente surdo mas que lembram por sinais das músicas que gostavam juntos e que por isso ficam felizes, mesmo vivendo apenas de lembrar o que viveu antes? Relevando a hipérbole, é mais ou menos por aí.
[O que eu escrevi está obscuro e confuso, muito confuso, apesar das idéias parecerem claras na minha cabeça. É meio difícil exercer endoscopia mental numa lan com NX Zero tocando e 20 minutos pra sair. :P ]
By Edson, at sexta-feira, outubro 26, 2007
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