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12.2.06

"Absurdos me fariam feliz"

Quando começaram a cair os pingos de chuva, logo a cidade se alarmou. A força especial foi chamad,a na tentativa de conter a calamidade. Nos outros locais, ninguém entendia por que aquela cidade estranhava a chuva e a julgava uma maldição. Na própria cidade, ninguém entendia como os outros podiam aceitar tal fato como natural. Embora nenhuma ação governamental tivesse surtido efeito até o momento, os cidadãos não deixavam de reagir daquela forma. As mulheres se fechavam em casa para rezar, os homens buscavam meios de conter a maldição.

*

De repente começou a juntar gente, e as pessoas comentavam por que aquele paralelepípedo saíra do lugar. Alguns se perguntavam sobre formas sobrenaturais de deslocamento; alguns olhavam para o céu e continuavam o caminho desconfiados.

*

Quantos, quantos deles? Não sei. E o homem? Não reparei. Chegaram a matá-lo? Sim, mas já levaram o corpo. Poderia nos dar uma estimativa dos decibéis? Desculpe, não sei. Com o que temos não podemos fazer nada, senhora. Como não? Não há flagrante. Eu poderia reconhecê-los, adianta? Sim, mas a lei de poluição auditiva é bem restrita ainda. Antigamente essas práticas limitavam-se aos locais específicos, é um absurdo a que ponto chegamos. Mas continue denunciando as infrações sonoras, é de cidadãos como a senhora que a cidade precisa.

1 Comments:

  • Despir a consciência das dores morais...ninguém se importa de quê-quando-onde até que o fato lhe atinja diretamente. Até porque algumas coisas são tão "notiíário Linha Direta"...

    By Blogger Dona Lilian, at quarta-feira, fevereiro 22, 2006  

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